Gestão de Riscos e Compliance
Confira o artigo do advogado Emerson Siécola de Mello, fundador da Integrity BR – Compliance e Governança, sobre “Gestão de Riscos e Compliance”, publicado no jornal DCI.
Leia aqui matéria publicada no jornal DCI (assinantes)
A Lei Anticorrupção fez com que as organizações despertassem para a necessidade de implementar e aprimorar os sistemas de gestão de riscos, compreendendo questões como prevenção a fraudes, corrupção, lavagem de dinheiro e a infinita gama de ilícitos que podem ser cometidos por meio das estruturas empresariais. A Operação Lava Jato, que já está na 29ª fase, tem feito “estragos” por onde passa, sobretudo na alta cúpula das empresas e terceiros investigados, dos mais diversos segmentos de negócios no País.
Diante da sempre atual necessidade de sobrevivência no ambiente de negócios, questões relacionadas à transparência, gestão de riscos, controles internos e compliance não podem ser deixadas em segundo plano. As tendências mostram que haverá continuidade na responsabilização e exposição, nem sempre positiva, de administradores e gestores, penalização por “solidariedade” no âmbito do conceito de grupo econômico, aumento do risco das atividades realizadas por terceiros, concessão de financiamentos às empresas de “ficha limpa” por bancos privados, dentre outras.
A necessidade de gerenciar uma organização de acordo com as melhores práticas em governança, gestão de riscos e compliance é imperativa, independentemente do porte ou segmento de negócios, pois previne os chamados custos de non compliance, como multas, restrições operacionais, perda de clientes, impacto no valor de mercado, além dos custos de remediação e imagem negativa perante stakeholders.
Trata-se de um caminho sem volta, que agrega valor aos negócios da organização e traz benefícios imediatos, como padrões de ética, conduta, sustentabilidade e transparência, cultura de controles alinhada à visão e valores da organização, políticas e procedimentos formalizados, riscos mapeados e controlados, colaboradores treinados, prevenção a fraudes, valorização e proteção da marca e da imagem, dentre outros.
Portanto, é preciso incluir, a qualquer tempo, gestão de riscos e compliance no planejamento estratégico das empresas. Dessa forma, além dos objetivos de aprimoramento da gestão corporativa, tornar o negócio mais competitivo é fundamental, sobretudo em um cenário com diversas variáveis de instabilidade econômica.